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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Opinião: A tecnologia na Educação

 15 de Setembro de 2015

"A utilização da tecnologia como ferramenta de interação entre alunos e professores tira os estudantes da condição de meros espectadores", afirma Lázaro Pontes

Fonte: Estado de Minas (MG)
Recentemente a Unesco divulgou um estudo que mostra que 67% dos estudantes de países em desenvolvimento e emergentes, que utilizam o celular para ler, consideram o aparelho adequado para a leitura, justamente por estar o tempo todo com o usuário. A mobilidade, a rede WiFi e redes móveis nas Escolas permitem aos Alunos o acesso a conteúdos de qualidade.
A utilização da tecnologia como ferramenta de interação entre Alunos e Professores tira os estudantes da condição de meros espectadores.Nesse sentido, os dispositivos móveis tornam-se parte do processo de aprendizado e são imprescindíveis, principalmente na aplicação do processo de aprendizagem por pares. Um dos aspectos positivos da aprendizagem que utiliza a tecnologia como aliada é que o Professor também não é um mero expositor.
Outra vantagem é que as aulas tornam-se mais interessantes, dinâmicas e lúdicas. Os estudantes, já familiarizados com os dispositivos móveis, acabam por se interessar mais pelo conteúdo ministrado e podem acessar o que foi ministrado em sala de aula a qualquer momento, de qualquer lugar. A metodologia exige mais dos Alunos, tornando-os mais responsáveis. A tecnologia permite que as instituições de Ensino organizem o conteúdo para disponibilizá-los no formato de videoaulas, podcasts (formas de transmissão de arquivos multimídia na internet criadas pelos próprios usuários), textos, games, etc.
Tais ferramentas prendem a atenção dos Alunos, facilitam o processo de aprendizagem e respeitam o ritmo individual de cada estudante. Em outras palavras, a aula acontece fora da sala de aula, e a lição de casa, na instituição de Ensino, o que é denominado de “sala de aula invertida” ou flipped classroom.
Entre as propostas da utilização da tecnologia, estão: aprofundar os temas ensinados; incentivar a produção, a criatividade e a criticidade; criar desafios aos estudantes; gerar produções; explorar o uso de recursos, tanto na web quanto fora dela; proporcionar integração e colaboração; e trabalhar diferentes opiniões e diversas fontes, entre outros objetivos. Em instituições que utilizam o método tradicional de Ensino, a tecnologia é vista como fim, e não como meio para alcançar determinado objetivo, ou até mesmo soa como uma ameaça ao bom andamento da aula.
Nesse caso, o Professor é uma figura que transmite todo o seu conhecimento em via de mão única, pois os estudantes são meros ouvintes, agentes passivos da aprendizagem, que vão esclarecendo suas dúvidas conforme a necessidade. E se o conteúdo ministrado não for interessante, é óbvio que as redes sociais distrairão os Alunos facilmente.
A verdade é que as instituições de Ensino não podem andar na contramão da tecnologia, pois a maioria dos estudantes do Ensino superior é formada por nativos digitais, que estão sempre conectados e não conseguem ficar distantes dos seus dispositivos móveis. Dessa forma, torna-se imprescindível a adaptação dos Professores a tal realidade, pois a tecnologia veio para ser um facilitador ao engajamento dos Alunos, desde que sustentado por metodologia pedagógica adequada.


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